Resenha - Maria do Sol

Titulo: Maria do Sol

Autora: Alice Raposo

Páginas: 127

Editora: Fundação Quixote

Sinopse - Todo livro tem sua história, algo que foi o propulsor para sua criação. Maria do Sol surgiu de uma madrugada que trouxe um sonho. Durante o dia se materializou em um conto. Dois anos após, voltei-me para ela e a concluí.

Pedrinho e Maria do Sol irão nos levar por um caminho sem volta. É claro! Pois todo percurso que se segue não há como retroceder em suas consequências. Por isso, agir sem pensar não é um meio a se seguir. Seremos morada das consequências de nossos atos.
Portanto, é tão importante analisar cada passo que será dado, não matematicamente como num jogo, pois a existência se tornaria fria e sem vida, mas com verdade, diálogo e sinceridade no agir.

Resenha - Primeiramente tenho que dizer que esse livro com certeza deveria ter no mínimo umas 300 páginas. Eu adorei a história mis achei o livro tão pequeno que me deixou com aquela coisa, a sensação de ‘’quero mais’’.

Pedrinho é até então um menino normal aos olhos de todos, apenas um pouco tímido. Essa timidez parece piorar quando acontece um acidente o fazendo se fechar cada vez mais a ponto de falar apenas o necessário.  No começo já se fala de um suposto ‘crime’, mas será considerado crime quando uma criança empurra outra numa piscina? Será que fora na maldade? E se realmente haver maldade o que afinal levou um garoto de 8 anos a empurrar Maria do Sol?

A menina era sorridente e o menino era tímido. Em apenas um dia ela mostrou para ele como a vida podia ser divertida e bonita vista de perto do lado de fora da janela a qual ele apenas tanto observava. Amizade entre crianças é sempre assim fácil e rápido porém uma atitude um palavra pode mudar tudo por uma vida toda. Em um momento de ciúmes Pedrinho acaba empurrando Maria do Sol na piscina na casa da Avó e isso muda pra sempre sua vida. Ele se vê atormentado pelo resto de sua vida. A avó Sofia tenta falar com o menino e os pais dele mas ninguém a dá ouvido, os pais estão sempre ausente e são distantes assim automaticamente fazendo Pedrinho seguir esse caminho. Por causa de seu ‘’trauma’’ de infância não consegue se relacionar com ninguém, chegou a se apaixonar mas não levou isso adiante por medo de machucar, de não se conter.

Todos nós temos medo, não podemos esquecer que temos que enfrentar o medo e não ‘’deixar pra lá’’ não importa o quão doloroso um problema seja, temos que falar, que encarar, não se esconder ou evitar pois no futuro esse medo se transforma, se multiplica o atormenta.

Esse é um livro triste e reflexivo e embora eu realmente tenha ficado comovida e leitura fluiu de uma forma a qual eu não esperava. A narrativa é leve e as ilustrações deixaram o livro leve, se não houvesse no mínimo as imagens provavelmente eu teria chorado. Alice soube como fazer um drama e ainda assim o manter leve e nos surpreender com um final curioso e surpreendente. Irei ler e espero que também o leiam.