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Resenha - A guerra de salvou a minha vida


Titulo: A guerra que salvou minha vida
Autora: Kimberly Brubaker Bradley
Editora: Darkside Books
Páginas: 238

Sinopse: O mundo de Ada se resume em uma cadeira encostada na janela de sua casa. A menina, que mora com a Mãe e seu irmão mais novo, Jamie, nunca saiu de casa. Ela conhece poucas coisas, apenas o que tem ao seu redor e o que consegue ver pela janela. Ela não conhece o amor e o carinho de uma verdadeira família. Ela não sabe o que é andar, já que apenas se arrasta pela casa, por causa do seu pé torto. Que surpresas a vida e uma Inglaterra em vias de ser bombardeada pela Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, vão reservar à essa menina?


Resenha/Opinião: Pense num livro emocionante. A guerra que salvou minha vida com certeza entra para a minha lista de melhores livros da vida. Extremamente tocante e cativante. Nele teremos a narração feita por Ada  de apenas 10 anos mas que já tem a força e coragem de uma jovem adulta. 
Apesar de Ada sofrer muito seja com agressões físicas ou emocionais ela lida de uma forma surpreendente que muitas vezes nos faz questionar e repensar. Ela é apenas uma criança mas não uma normal, ela não tem amigos, não brinca, não ri, graças a mãe severa que a deixa trancada em casa dizendo que ela não pode ir a lugar algum pois ninguém quer ser obrigado a encarar a sua ''deficiência'' claro que a mãe usa palavras muito piores e pesadas. Se tivéssemos que dar um troféu para pior mãe do mundo literário com certeza a mãe de Ada seria fortemente indicada.


''Você é perfeitamente capaz de aprender. Não dê ouvidos a quem não conhece você. Escute o que sabe. Escute a si mesma.''

Ada tem como abrigo/porto seguro seu único irmão Jamie ao qual jura proteger e amar independente do que aconteça, para Jamie a mãe não é tão má, ela diz ''ele é normal, pode ir aonde quiser'' assim ele mesmo sendo mais novo já viu muito do que Ada nunca sonhou existir. 
A guerra se aproxima cada vez mais assim como os boatos sobre Bombardeios. A mãe decide enviar apenas Jamie para fora da cidade com os refugiados mas o que ela não esperava era que Ada também conseguisse escapar e se juntar aos outros.
Nessa busca por ''liberdade'' a menina recebe os cuidados de uma jovem chamada Susan Smith, ela pensa que por ter passado pelos mal tratos da Mãe é capaz de enfrentar qualquer um, por isso está sempre na defensiva com Susan. Susan também não é fácil de lidar pois perdera sua melhor amiga e desde então sofre com sua ausência.


"Não está com fome?", ela perguntou. Pisquei. Eu sentia fome. Uma fome arrasadora, doída. Também estava acostumada a isso. O que deveria dizer? A srta. Smith queria que eu estivesse com fome ou não?" 

Ada e seu irmão vão conhecendo mais do mundo que sempre lhe foram negados, com mil perguntas sempre na ponta da língua e Susan para respondê-las eles vão aprendendo desde a andar com suas próprias pernas como a ler e escrever. Ela não é a melhor pessoa do mundo porém se mostra preocupada com eles quando algo acontece. Entre muitas brigas, gritos e xingamentos eles vão a cada dia dando um passo de cada vez, mesmo com seus medos e inseguranças.
Vemos nesse livro que nem sempre o amor vem de onde esperamos ou acreditamos, ele vem das formas mais diferentes e espontâneas possíveis. Vamos ver a ignorância de uma mãe com seu filho e a gentileza de uma completa estranha para com seus refugiados.
Recentemente soube que haveria uma continuação e estou mega curiosa e ansiosa, assim que conseguir um exemplar para ler podem ter certeza que virei compartilhar com vocês minha experiências. 
Beijinhos.


''Era o tempo todo ele me chamando de desnaturada, o tempo todo querendo ter filhos. Daí eu fiquei presa com uma aleijada. E depois com mais um bebê. E depois sem marido. Eu nunca quis nenhum de vocês.''

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